Não é necessário ser nenhum expert para perceber que estamos passando por um período de muitos problemas no varejo. Claro, não chegamos ao ápice com desabastecimento, mas o consumo diminuiu sensivelmente, e essa queda vertiginosa tem amplificado a crise no setor.
É claro que muito disso se deve ao já famoso caso Americanas, em que uma fraude contábil escondia os cerca de R$ 48 bilhões em dívidas que a empresa tinha com seus credores. Muitos desses credores, e até mesmo o mercado financeiro, tem pisado no freio (ainda mais!) a partir desse caso e a oferta de crédito diminuiu, diminuindo também a produção e consequentemente o consumo.
A esse fator, somam-se vários aspectos que já são intrínsecos do setor varejista. Desafios que o mercado e o empreendedor enfrentam quase que diariamente para tentar sobreviver e manter a produção e a circulação de riquezas em nosso país. Muitos desses desafios podem ser vencidos com uma boa gestão financeira e planejamento estratégico.
Neste artigo, então, abordaremos os problemas no varejo e como é possível vencê-los sem correr riscos nem abrir mão de investimentos importantes para a sua empresa.
Por que estamos passando por tantos problemas no varejo?
É certo que cada pessoa jurídica possui uma realidade própria, uma organização própria e, portanto, motivos próprios para estar em crise. Mas não podemos deixar de falar sobre os problemas no varejo que são comuns a todas as empresas do setor.
Atualmente, o aumento na concorrência, com a entrada de novos players no mercado disponibilizando um número grande de canais de venda, tem estremecido o varejo e provocado algumas mudanças estratégicas nos players maiores. E eles acabam se afetando mutuamente.
Além disso, o aumento nos custos de produção tem elevado os preços e afugentado o consumidor das lojas de varejo. Especialistas do setor apontam a própria inflação e a alta carga tributária brasileira como motivos principais desse aumento, que provoca a diminuição do lucro do varejista, o investimento menor em modernização ou marketing e a consequente queda nas vendas.
Aliás, a queda nas vendas tem sido considerada pelos empreendedores como ponto chave da crise. Ela decorre em função da instabilidade econômica e dos altos níveis de desemprego, o que leva muitas empresas a fechar suas lojas, entrar com pedido de recuperação judicial ou mesmo a encerrar suas atividades.
É o que tem acontecido com grandes players, como a Tok Stok, Ricardo Eletro e, mais recentemente, a Renner, que falaremos mais a seguir.
Considerando que estamos em um período de retomada econômica após a pandemia de Covid-19, os desafios tem causado mais problemas no varejo que fomentado no empreendedor a vontade de vencê-los.
O caso Renner em 2023
Considerada como uma das maiores lojas de departamento do Brasil, a Renner também não está imune aos problemas no varejo. Ela anunciou recentemente o fechamento de 20 lojas físicas no país, em reação aos movimentos do mercado e mudanças de hábitos no seu consumidor.
Segundo informações da própria varejista, o fechamento se dá por conta do aumento das vendas pela internet, o que ainda não faz parte da realidade da empresa, mas é uma estratégia a ser explorada. Inclusive, a integração entre lojas físicas e virtuais deve ser tendência no setor, o que demanda investimentos pesados em experiência do cliente e tecnologia.
O movimento da Renner é um sinal claro da crise no varejo, sim, mas pode significar também uma evolução no seu planejamento estratégico, na busca por maior eficiência e redução de custos num contexto pós-pandêmico e de instabilidade econômica.
Como a Gestão Financeira pode ser fundamental para evitar problemas no varejo?
São em momentos como o atual cenário político e econômico brasileiro que podemos ver, na prática, o tamanho da diferença que faz ter uma boa gestão financeira e planejamento estratégico na sua empresa. Entre os vários aspectos positivos, destacam-se:
1- Planejamento financeiro
Planejar as finanças da sua organização é saber definir metas financeiras claras para um determinado período, bem como desenvolver um orçamento que considere de forma fiel as receitas e despesas da empresa. É estar adequado à realidade sem perder de vista o futuro.
2- Controle de fluxo de caixa
Esse controle é essencial para mitigar problemas no varejo. A gestão cuidadosa do dinheiro que entra e sai da empresa, bem como a previsão de receitas e despesas futuras, ajuda a evitar desvios e inconsistências no caixa, levando a empresa a ter um financeiro mais saudável.
3- Gestão de estoque
Saber gerenciar seu estoque é fundamental para uma boa gestão financeira, independentemente do porte da empresa. Não se trata apenas de controle do estoque disponível e da previsão da demanda, mas de saber que tudo o que permanece muito tempo em estoque custa dinheiro e aquilo que falta também.
4- Análise de custos
Uma boa gestão financeira executa, frequentemente, uma análise cuidadosa dos custos totais da empresa. Isso inclui a identificação de despesas desnecessárias em todas as áreas e a procura por maneiras de reduzir os custos operacionais e estratégicos sem comprometer a qualidade daquilo que produz.
Conclusão
Mesmo que o contexto nacional não seja favorável, ainda assim é preciso continuar fazendo sua parte na sociedade e contribuir para a circulação de riquezas em nosso país. Os problemas no varejo são muitos, sim, mas através de uma boa gestão financeira, seu negócio estará seguro e terá totais condições de crescer.
A Goose, como referência em consultoria financeira, está à disposição para ajudar qualquer empresa que necessite, nesse momento, apertar os cintos e se readequar ao contexto brasileiro. Fale com um de nossos consultores.