Pedidos de recuperação judicial sobem em 2023; entenda os motivos

Pedidos de recuperação judicial sobem em 2023; entenda os motivos

Segundo dados da Serasa Experian, o número de falências solicitadas e pedidos de recuperação judicial aumentou em janeiro de 2023, quando comparado com os números de janeiro/22 e janeiro/21. No total, foram 92 pedidos de RJ atuais, contra 46 em 2022 e 40 em 2021.

É um dado alarmante, mas, de certa forma, esperado, se considerarmos as dificuldades extremas pelas quais a maioria das empresas brasileiras passaram durante a pandemia por Covid-19.

De fato, a instabilidade econômica ainda não cessou. Entretanto, essa informação nos mostra o quanto os empreendedores estão dispostos a salvar seus negócios ao invés de abandoná-los. A sensação é de que acreditam em dias melhores.

E eles estão certos! O processo de RJ não significa necessariamente o fim de um sonho, mas uma oportunidade para fazer diferente e voltar aos trilhos, tudo dentro da lei e em acordo com os credores.

Nesse sentido, vamos discorrer neste artigo o que é um pedido de recuperação judicial, como fazê-lo e como ter garantido o sucesso desse processo tão importante para a vida empresarial e para a sociedade.

Pedidos de recuperação judicial: motivos do aumento

Apesar de preocupante, o aumento no número de pedidos de recuperação judicial acompanha uma tendência mundial, que começa a se desenrolar como um reflexo tardio da pandemia por Covid-19.

Durante o período de restrições sanitárias, muitas empresas se viram obrigadas a tomar empréstimos para manter a operação em funcionamento, mesmo que minimamente. Agora, com a abertura e estabilização do período pandêmico, tais dívidas começam a ser cobradas.

Segundo dados divulgados pelo FMI, a dívida corporativa total das economias avançadas e emergentes aumentou cerca de US$ 12 trilhões. Isso significa que, se a receita não der conta de manter a operação, a administração e ainda pagar (que seja) uma parcela da dívida, é sinal de que estamos diante de uma empresa em crise.

Mas, voltando ao caso particular brasileiro, além dos reflexos da economia mundial instável, as empresas precisam enfrentar outros desafios:

  • Aumento dos juros: a taxa SELIC só aumentou desde a pandemia, aumentando também o endividamento das pessoas físicas e jurídicas;
  • Novos prazos: com o vencimento das dívidas, muitas empresas negociaram particularmente novos prazos e, com isso, mais juros incidiram sobre elas, o que culmina num endividamento maior;
  • Redução da oferta de crédito: com o susto geral causado pelo caso Americanas, a maioria dos bancos reduziu a oferta de crédito e passou a emprestar menos às empresas, como precaução.

Ou seja, se no mundo todo as empresas enfrentam um maremoto, no Brasil esse maremoto vem acompanhado de um ciclone. Mesmo assim, a maioria dos empresários não desiste e busca uma solução justa e necessária através do pedido de recuperação judicial.

Como funciona um pedido de recuperação judicial?

Visto por muitos como a maior oportunidade para a reestruturação de empresas que há na legislação brasileira, o processo de recuperação judicial está baseado na Lei nº 11.101/05 e tem, como objetivo maior, a preservação da atividade empresarial e a manutenção dos empregos.

Sendo assim, todo o processo de RJ é desenhado para que a empresa em questão supere o momento de dificuldade, propondo soluções drásticas no seu modus operandi, sim, mas tentando também minimizar os prejuízos de todos, inclusive de si mesma.

Em resumo, a empresa solicita o pedido de recuperação judicial à justiça e elabora um plano de RJ aos credores. Estes, em assembleia, devem apreciar e aprovar o plano para que a organização possa dar início aos trabalhos estabelecidos no documento. Um prazo é estabelecido para a recuperação da empresa e quitação total das dívidas dos credores.

Entretanto, se o plano fracassar e nenhum acordo de recuperação puder ser firmado, a empresa poderá estar à caminho da falência, ou seja, o fim de um sonho.

A atuação de uma empresa de consultoria no pedido de recuperação judicial

Não há impeditivos para que o próprio empresário elabore seu plano de recuperação judicial. Mas é preciso considerar que a vida da pessoa jurídica está em jogo e, por conta disso, não existe a possibilidade de se fazer um plano “mais ou menos”, baseado apenas na vontade do empreendedor.

O melhor caminho a se percorrer, nesse momento difícil, é contar com o apoio de uma Consultoria Financeira, que vai investigar a fundo todas as medidas necessárias para que a reestruturação possa acontecer.

Essa consultoria, aliás, representa aos credores a seriedade e a garantia de que o fator “emoção” foi tirado do jogo, restando apenas dados concretos, informações fidedignas e o compromisso de que algo realmente irá mudar naquela organização.

A Goose é uma das maiores empresas de consultoria do Brasil, tendo conseguido aprovação em 100% de todos os planos de recuperação judicial já elaborados por ela. Isso significa que, se todo o processo de RJ é difícil para a empresa e para o empresário, fechar com a Goose pode representar a luz no fim do túnel.

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